quarta-feira, 7 de abril de 2010

Fugere Nihil III: Alhures.

Em algum outro momento - que minha memória apaga facilmente - eu intumescia todos meus critérios, todos meus princípios e todas minhas verdades... Ah, minhas antigas verdades! Como eram boas, calmas e, de leve, levavam meu espírito, dia após dia, para algum lugar qualquer na sombra, com o sol queimando fora dela. Esta e mais outras formas de viver intensamente, somente essas formas me fizeram chegar aqui: numa sobriedade? Não, intumescido na falta de critérios, mil vezes abobalhado pela dor de não doer mais metafisicamente, mas doer aqui-agora-assim.

Sempre pasmo com a possibilidade de ver que Nada fosse tudo, sempre pasmo com tantas coisas me neguei... Hoje nego negar, hoje penso em só sentir e ir de leve, aos poucos, impertinentemente, vivendo a vida, rindo do que ela põe como peso e causa dolorida para meu espírito. Rir é o melhor remédio, já disseram. Para mim, rir é o expirar todas as dúvidas abafadas e esquecer delas, invés de respondê-las... Pois sei, que tentar respondê-las não me provocará risos; somente choro, e depois, apatia. Através do riso nego um pouco a filosofia, aceito um pouco a vida como ela é...

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