quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Talvez? Talvez. Não sei... Talvez.

muita coisa pra pouco Eu
Não sei se saberei
Um dia ou em um lapso, talvez
Se existe ou não... não sei

Eu que sou eu mesmo, talvez
Eu que crio e quando crio é? talvez
Eu que quando amo tem que haver amor? talvez
E quando odeio e quando sinto é ou não é... talvez

Talvez, talvez, talvez!
Oh, palavra ordinária que mexe com meu Ser!
Mexe mesmo com meu Ser ou só talvez?

Que compreensão ou que vida terei
No talvez e na incerteza
E que vida terei sendo o talvez, somente talvez um talvez.

domingo, 23 de agosto de 2009

Permaneço, recolhendo os cacos
Fragmentos; fragmentado estou
Quero unir-me aos pedaços
Dos cacos que fui, dos cacos que sou

Não me sinto triste por isso
Fragmentado fui, mas disso fujo
Não quero o mesmo de sempre:
Grandes espíritos sujos, incoerentes
perdido, isso mata, escondido
Nas sombras quietas e imperfeitas
Sinto-me no invisível, preso em correntes.

Da realidade que como miragem, some
Da mentira que como loucura, acontece
Da vida que como morte, desaparece
Do Desejo que como impossível, me consome.

Ponho palavras porque elas são confusas
Nesse jogo de brincar com a vida
Sou perdedor e ganhador da Alfa e Ómega
E até a nona casa dos signos zodiacais
Vou e fico, mudo e sou.

O que sou? O que? Por quê?
Dói dizer a verdade, como dói a mentira...
Mentira que não cala, mentira que fica
Sinceramente, qualquer infortúnio
Mental, físico, espiritual nos tira do eixo
transforma em augúrios que me permeiam.

Não sei mais, palavras são só palavras,
Uso elas porque não tenho mais nada para usar
Posso dizer muito mais coisas, mas vazias serão....
Vazias ficarão; para sempre.



[num gostei disso que escrevi. escrevi antes de ontem(24/08) e não gostei hoje(26/08) nenhum pouco. mas já que postei tá ai.]

Uma linha tênue da Loucura.


"Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam."

Lembrei disso agora. Sei lá, a vida pode ser de extremos, mas nos extremos, na ponta da Roda da Vida, você ficará tonto se muito tempo permanecer, uma hora perderá a consciência. Extremos são bons até o ponto que você liberou uma curtição no seu cerébro e deixou-o meio fora de si, mas fácil de retomar. É bom ir pro centro nessa hora. Já que sair da Roda da Vida, é sair da brincadeira, do jogo de ondas no mar; sobe e desce, repentino, travesso, as vezes, muitas vezes, tenebroso.

depois eu continuo. agora vou curar minha ligeira crise com uma soneca. xD

Voltando...

A linha que separa a loucura da genialidade parece ser muito tênue; absurdamente tênue. De modo que enquanto a genialidade parece já causar espanto, mesmo quando não muito absurda, a mesma genialidade pode ser considerada loucura e até desvio de personalidade quando toma proporções que vão além do nosso senso comum. Logo, como podemos analisar e julgar os outros como sábios, loucos, burros, etc? Um filme, muito além do jardim, mostra bem isso, quando algo parece fora do comum e as pessoas acatam bem isso - é considerado algo genial -, mas quando vai além da zona de conforto as pessoas gritam:"Loucura!", "Falta de senso!", enfim.
Como podemos ser tão centralizados no nosso comum e confortável modo de ser de tal forma que achamos que o que não é comum é ruim? Isso está em qualquer livro de história, pessoas consideradas loucas no passado hoje são tidas como geniais.

Quando estamos no centro do furacão vemos tudo explodindo; o caos "lá fora" acontecendo, mas muito bem ordenadamente podemos ter uma vista de 360º de tudo. O centro do furacão parece ser o segredo de fugir disso. Onde é nosso centro do furacão, então, afinal? No bom senso? Na liberdade de agir e pensamento? No respeito e falta de preconceito? Onde...?
Não afirmo nada agora. Como disse em uma postagem anterior cada um de nós tem seu método, alguém muito moderno é o mesmo preconceituoso do que aquele seguidor das ideias de moral e bons costumes antigos, caso se ache numa posição melhor que o outro. Mudamos e continuamos os mesmos!
Vamos simplesmente para outra ponta da Roda da Vida, e lá sentamos no caos extremista enquanto aprecia a tudo achando que os outros estão numa situação bem pior do que a dele, mas ainda acha que existem os que estão em uma situação melhor. Achando ter alguém pior, aceita a ideia de ser pior que alguém. No centro do furacão isso me parece que não aconteceria. Não deveria acontecer pelo menos.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Alquimia do Ser e do Pensar.

Cheguei para uma amiga: me diga algo para escrever sobre! Silêncio. Sem ideias em ambos os lados, eis pois que visualizei; em momentos de uma felicidade ou plenitude ocorre uma vacuidade mental necessária!
Tão belo isso, né? É como após alguns dias de viagem incessante e aprendizagem maravilhosa no caminho, mesmo que com muita tristeza, muito cansaço, muitas e muitas coisas... No final, você chega e tira os sapatos, põe os pés pro alto enquanto degusta um bom scotch com algum som de sua preferência como trilha sonora.
Ontem (ou foi antes de ontem?) escrevi uma frase simples em diversas línguas. umas 30, por ai... A frase é: Ser Forte! E pus na parede do meu quarto para lembrar bem disso.
Somos de uma época sem heróis e sem critérios. Vivemos na luta egoísta de cada dia, inimigos são todos, amigos são poucos, desejos são muitos, critérios são poucos, enfim. Devemos então fazer uma prática do espírito. Devemos ser nossos próprios heróis. Por que idealizar em alguém? Por que ter alguém para louvar? Ai está uma falta de força em si descaradamente demonstrada.
Mas temos medo. Um medo que anestesia, que nos seguro, sufoca e nos prende no marasmo. Não passamos do simples, do fácil e do casual. Sinto-me impelido que através do que aprendi transmutar a palha em ouro. Toda dor que sinto, a palha em meu Ser, passa pela dialéctica dele, a prática, e vira o ouro do aprendizado e crescimento. Não acho que encontrei a pedra filosofal, não. Se encontrei é provavelmente minha e só minha!(Não de forma egoísta, mas é o caminho que cada um deve fazer e aprender por si)
Mas esse caminho que sigo, a saber, de fugir da facilidade, de aprender e transmutar a dor, de sentir, mas não me enganar(novamente) pelo fácil, etc. É o meu belo caminho que agora chamo de A Alquimia do Ser e do Pensar!

Dedico esse post a alguém que ela já sabe que é ela.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Meu espírito anda se renovando de maneira espantosa. Da mesma maneira que a dor vem de forma avassaladora, ela se esvai, dando espaço ao amor. Amor! Amor esse que a muito na teoria eu trabalhei, pensei, conjecturei, mas quando ocorreu esqueci do que pensava... Ainda bem que existem pessoas próximas que compartilham de pensamentos e ideias semelhantes para que nos lembrem do que esquecemos. (http://alerkina.blogspot.com/2009/08/meu-amor.html)

E não quero cometer o mesmo erro da deusa Eos e seus amores egoístas - principalmente o que acontece a Céfalo e Prócris. - pois assim me sentirei sob a mesma maldição de sempre ter ou o funesto, ou efémero. "Tão jovem, mas tão velho!". Pela ideia de que o Uno acompanha o tempo ainda pode fazer com que eu volte a certos pontos de onde parti? Com certeza não, seria fragmentar toda uma beleza que eu, de maneira egoísta, não posso simplesmente mudar a bel prazer. Parece-me mais importante recomeçar a todo momento com aquilo que já terminou; como a Fénix que nasce das cinzas, cinzas essas que são a antiga Fénix que se queimou. Renascer, então, passou a ser algo para essa vida? Acho importante que isso aconteça, que isso exista na vida de um modo que não mais nos importemos com a eternidade da alma quando a eternidade se gera do efémero - se você deixa morrer o velho para nascer o novo, é então o caminho para o sublime, como os Maias diziam. Se tudo está estagnado não há espaço para riscos, nem para dor, nem para a morte, como não haverá espaço para a vida.
É uma ideia um pouco focado na harmonia dos opostos: amor só é amor quando se conhece o ódio, dor só é dor quando se conhece o prazer(isso se repete por muitas outras coisas: alegria e tristeza, Deus e o Diabo, doce e amargo, etc.). Isso é um dos primeiros conceitos do Tao te Ching.

Hoje simplesmente decidi por coisas no papel. Amanhã renovado, deixado morrer esse velho eu. Pronto, já não é mais aquele EU! Fragmentei nesse meio tempo? Não, acho que não, acho que lapidei essa carcaça de meu espírito, pois, estou no caminho para o sublime, não estou?

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

É muito fácil...

É muito fácil odiarmos as pessoas. É muito fácil morrermos de amor e se não for correspondido, logo, morrer de ódio. É muito fácil ficarmos bravos com os outros. Com certeza é muito mais fácil julgar do que ter empatia. É muito fácil exigir ética dos outros e ser totalmente o contrário na própria vida. É muito mais fácil lamentar do que lutar. Como é muito fácil chorar, mas não reconhecer nas lágrimas ou um problema, ou uma coisa estranha, enfim, algo profundo que causou isso. É muito mais fácil ser pessimista do que realista e trabalhar com o que tem e não esperar pelo que falta. É muito 'facin-facin' TER do que SER. É fácil ter personalidade, mas não ter caráter, ter estilo, mas não ter qualidade, ter vontade, mas não ter prática. É muito mais fácil ser cético do que ter fé. É muito, mas muito mais fácil ser cego e viver a vida sem medidas invés de ser sábio em analisar o que é bom e o que faz parte de uma simples máquina de alimentar o ego. É muito mais fácil (e muito comum) pormos a culpa nos outros. É muito fácil acharmos que problemas são só problemas e não trazem aprendizado e crescimento nenhum.
É extremamente dificil ser o contrário disso tudo... Mas eu tenho a intenção, o motivo e a energia para mudar. E você como vai nisso tudo?
Peço um favor, caso não queira mudar pelo menos me ajude em uma coisinha: se eu estiver seguindo por qualquer um desses caminhos da facilidade ou qualquer outro que eu não listei, me puxe a orelha, dê um toque ou algo do tipo. Obrigado.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Parando...

Quando você pega uma lente concava ou convexa e põe na frente da luz ou abri os feixes de luz ou os fecha. Nós vivemos muito próxima a uma metafora com essas lentes. Simplesmente dispersamos ou focamos demais. Além disso, ou somos espiritualizados demais, ou somos materialistas. Logo, falhamos em quase tudo que fazemos e nada tem uma centelha do perpétuo porque nunca houve equilibrio. Falo isso porque me deixo levar pela leviandade dos sentimentos e das racionalidades contestadoras de ideias. Não vou buscar o equilibrio sendo um desequilibrado, simplesmente é sem sentido. Não dá! A filosofia antiga chegou em alguns momentos até falar "ah, existe uma verdade, um uno, mas não somos capazes de conhecê-lo!". Claro! porque todos se deixaram cair nas garras da leviandade e 'facilidade' das coisas; o mundano foi tomando, tomando, tomando forma e a putaria foi instaura. Consigo resumir a história do mundo facin assim, nossos antepassados foram preguiçosos e se deixaram levar pelo fácil que é: "não da pra explicar? então vamos fazer uma festa deixar todos loucos e amanhã a gente pensa nas merdas que fizemos...". Houve mortes, houve guerras, houve discussão desgeneralizada, não houve organização - até agora é uma falsa organização que cada vez mais se desfaz - suficiente., não houve preparo, não houve nada de legal. Só uma festa de deprimidos por não explicar o básico, então por isso, caio na facilidade de explicar as coisas do sensível, do aparente, porque os mais sóbrios disso tudo viam como tava ficando pesado o negócio da festa. Então esses menos bebados tentaram explicar o porque do outro quebrar a garrafa na cabeça do irmão, o porque de um amar o outro e sofrer, etc, etc, etc.
Agora, ouso afirmar, estamos na ressaca. Buscando relembrar do equilibrio que era buscado no passado. Mas ainda assim parece ser o caminho errado. Invés de dar uma relaxada rapida, alongar a coluna e começar a trabalhar, fazemos o contrário: refocilamos no erro. Não da pra buscar a verdade, não da pra buscar o equilibrio, nem nada dessas coisas... Eles simplesmente devem vir até nós no momento que formos merecedores, ou seja, no momento de descontração do ser. Algo como parar de buscar e simplesmente deixar a intenção nos guiar, pois, a energia irá acompanhar brutalmente esse movimento. Pareço um louco dizendo tudo isso, né? Talvez sim, talvez não. Se sim, pode internar. Se não, ... bom se o 'se não' for real nada importará mais!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Tanto faz, como tanto fez... como tanto fará!

Prentesão do ser humano querer ser feliz. Como a pretensão de querer explicar a Deus, vida após a morte e o significado da vida. Pretensão achar que tem que dar certo tudo que parece importante.
Sou um tolo. Parabéns para mim! Mas pouco me importo.
Sério. Agora deixei um bom "vai se fuder" pra isso tudo. Vou ver o sol através das árvores enquanto estiver deitado numa clareira...Será minha clareirá no fim do Caminho? Podia ser, podia ser!

Momento ironia: Adoro quem acha 'super-mais-fácil' achar que a humanidade é e sempre foi uma merda, fadada a decadencia, falência e erro. Que o Ser humano, incompleto, é um 'fazedor' de erros e tudo mais.
É muito mais fácil tudo isso. então abracem e comam esse pote de merda!
Prefiro ficar de jejum um bom tempo mas me banquetear de boas coisas.
Mas vamos refocilar nesse comidismo 'bonito'...Vamos sentar, fazer pipoca e assistir pela TV milhares de informações cretinas virem até a gente. Vamos ouvir o que "mestres" falam e aderirmos a isso cegamente. Vamos achar que a razão é tudo e Tudo! Vamos aderir a anos de estudos para sermos cobaias de um movimento de 'fazer pensadores'!
Vamos que vamos nisso tudo!
hahaha, antes que isso me ocorrá espero que Deus já tenha me levado embora desse mundo, se não não darei esse trabalho para ele! Enquanto isso... Continuo a ser um 'ideologista', bobo, sonhador, crente em Deus e na Existência, otimista e tudo mais!
Tanto faz, como tanto fez... como tanto fará!

"Eu devo ir além dos meus sentimentos e encontrar profunda paz"

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ola, amigos! Não são muitos os que lêem, mas os que lêem falam muitas coisas positivas para mim. Não sei se é pra tanto, no duro, nada de falsa humildade aqui; é que chego a não acreditar porque muitas vezes me sinto desgostoso comigo mesmo, logo, com o que digo. Mas esse é o processo da evolução que todos devemos passar: errar, errar, errar, acertar, errar mais e mais... No fim deixa de ser erro(caso haja consciência e plenitude no 'errar') para ser aprendizado e evolução, reciclagem e reforma, transformação e transcendencia.
Ando passando por uma fase angustiante. Uma corda no pescoço, um banco bambo nos pés, olhos vendados, braços atados... Mesmo assim, no fundo de cada cena absurda de minha vida vejo uma centelha de intenção verdadeira e luz da consciência.
Me pus no caminho do desapego, no tentativa de matar o ego, na transcendencia do pensar; houve falhas? talvez, mas aprendo muito nisso.
Como um amigo disse(o assunto nem era esse... Era sobre o conceito de trabalho para Marx. Só que no final tudo chega a se encaixar.): o marceneiro quando fará uma cadeira visualiza todas os detalhes e precisa tudo antes de fazê-la, como um escultor visualiza a obra e ao ir lapidando e dando forma se espanta, o mesmo devemos fazer com nossas vidas e, logo, com nossa sociedade. Visualizar algo antes mesmo que utópico e ao ir lapidando podemos até descobrir algo melhor e mais sublime.
Ao fazer esse trabalho em visualizar o sublime e perfeito, podemos e, provavelmente, falhamos na construção da ideia; pois ela passa por nossa mente ainda confusa e com uma essencia virginal que desconhece o sublime. Mas ficar de braços cruzados e pensar, pensar, pensar e depois nem pensar mais, no máximo um conceito primitivo de pensamento, que nos deixa no inativo.
Percebo o seguinte: pensamos demais pois buscamos uma caminho certo, preciso e seguro. Nosso ego e medo de errar sempre está na ativa nessas horas, bloqueando qualquer ideia que chega na razão como indecente, amadora, utópica, impossivel. Invés de simplesmente seguir por um caminho da prática, mesmo que na inocencia e incerteza, porém, com a boa intenção e a real moral sempre ao lado.
Mas nossa mente nunca está presente no presente. Nossa vontade vai pro futuro e nosso ego fica preso nos erros do passado criticando-nos cruelmente pelos nossos atos sem sucesso. Planejamos, queremos a mais rigorosa ordem nas coisas, expectativas atrás de expectativas embasadas no nosso desejo de mudança ao nosso modo de mudar, afinal se torna simples revolução e chance de uma anarquia descontrolada do Ser. Paradoxalmente atingimos o contrário do que se espera.

"O que quer que seja,
de novo, veja...
é isso que queres?
é nisso que cabe o fim?
nem a você, nem a mim
o que deves ser, afinal,
para ser verdadeiro enfim?

Como dois pontos que se completam
Mas como o sol que brilha mais que a lua
Parece ser mais forte pois o dia lhe foi dado
Como se a noite não fosse bela,
nem repouso dos fugitivos e dos amantes.
Como se a balança pudesse pender para lá
E para cá ficasse elevada ao vacuo incompleto.

Nada mais importa quando é extremo
Porque imútavel e morto se torna
Mais que morto, inexistente ou vazio.
Cade o equilibrio tão falado
se a extremidade me puxa para um só lugar:
As bordas do furacão chamado Existência."

terça-feira, 11 de agosto de 2009

"Deve existir verdade entre nós, como dois homens? Não como dois amigos, mas como iguais? É uma proposta que você raramente ouve, Roland. Só iguais falam a verdade, é assim que penso. Amigos e amantes mentem sem parar, presos na teia do respeito. Como é cansativo!"

"Como iguais... Alguém pode falar como igual ao outro? Principalmente se o trato de igual for o mesmo trato que se tem consigo mesmo. Não sou carinhoso e delicado comigo; nem ao menos meço as palavras comigo. Falo, ouço... Como igual.
Mas, preso na teia do respeito, pouco sai de útil em minhas palavras. No máximo, casualidades bobas e palavras positivas de animo. ponto, ponto, ponto. [Espaço para reflexão]: é ai que começam e terminam as coisas? Esse é o "Afinal" ou é só um "Entretanto"? Por que conceber que para o bom convívio a dor deve ser substituída pelas mentiras e a evolução pela inactividade?
Tudo se torna muito fácil e estagnado, só digo parabéns a quem conseguiu por o Ser Humano nesse estado... E, caso alguém alegue que não foi ninguém que provocou isso, então cave sua cova e se enterre, pois, já está morto e só faltava enterrar.
Não adianta ser muito sincero num mundo que só crê nas provas feitas por outrem, no agir e fazer esteriotipado, muito fácil de fazer, midiatico ou não, que é só comprar e vestir.
Abrace ou destrua a ignorância, não há meio termo, como não se pode ter uma fruta podre no meio de tantas boas ou uma gota de óleo em vários litros de água. Abrace e deixe-se ser abraçado pela ignorância... ou pela sabedoria. Em um não há dor, tudo anestesiado. No outro, dor, sofrimento, verdade!
VERDADE... Não, não o conceito único e inalterado. Vários conceitos, transitórios e em uma inteligência evolutiva sem igual que nenhuma personalidade [seja herói, santo, mártir, semi-deus] consegue acompanhar.
Abracem a Existência e deixem-se ser abraçados!"

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Vida Deletéria

Ok, é engraçado e andei brincando muito por um bom tempo, foi bom, gostoso; brincar de happy life'n'good'n'long 4ever, curtição e tudo mais, blablabla. Mas tem horas que precisamos parar olhar bem pra tudo e fazer uma boa limpeza... uma reciclagem! Seguimos por um curso de vida que poucas coisas importam realmente, o foco está sempre além, objetivos transitivos e mutáveis. Está certo, está certo, é assim que a vida é...Será mesmo? Será mesmo que é assim?
Temos belos olhos, alguns mais belos que outros, mas nenhum vê realmente, nenhum observa e se observa o que fazemos? Nada! Não estou aqui falando para irmos contra tudo isso, não estou aqui para fazer a cabeça de ninguém(uma coisa aprendi:ninguém muda ninguém, no máximo, aceitamos as mudanças provocadas/ofertadas pelos outros.), não estou aqui para querer revolucionar nada(acho que nisso Kant tava certo, revolução só fode com tudo), não quero um dia ser Santo, ser martir, herói, Oh-Sábio-Letrado-dos-Nove-anos-de-Estudo!, nem nada esteriotipado. Quero buscar meu original, meu objetivo, mito pessoal, intenção maior, Prima Obra, qualquer coisa do tipo, podemos ficar 2 dias nomeando esse objetivo, mas tudo é interligado, e muitas coisas levam ao sentido de uma coisa só. Não vou ficar só vivendo minha vida, levando ela e não deixar ela me levar, não vou buscar todas as vitórias e vencer na vida, como Raul Seixas disse: isso é uma piada um tanto perigosa...
Há algo mais, que poucos sabem, intransferivel de uma pessoa para outra, uma essencia das essencias. Um caminho que o ego deve ser deixado de lado, a personalidade de lado, tudo isso, essas grandes bobagens, 'piadas perigosas', não pertencem a esse caminho. Todos os outros caminhos só são para mim perdas de tempo, seguir e falhar mais uma vida. Vidas são preciosas e não sabemos quanto tempo temos, por isso, digo a amém a tudo isso, desejo não sorte, mas que minha intenção não transite pelos caminhos da incerteza e da obscuridade mental...
Nada mais, terei muito pouco o que dizer a partir de agora. Minha atitude perante a mim é que serão as provas que precisarei para saber que estou indo por um bom caminho. Não vou abandonar tudo e virar um andarilho, nem começar a fazer qualquer coisa parecida com um filme hollywoodiano, é isso que desvirtua. E nisso a virtude de saber o que fazer e o que não fazer é necessária. Deixe-me que um modo de vida deletério tomasse conta de mim, ainda bem que por um curto espaço de tempo... Agora, não mais!

sábado, 8 de agosto de 2009

ponto ponto ponto

Refletir, refletir, refletir ao máximo. Buscar reciclar as idéias quebradas e aparentemente "prontas". Essa é a meta com a boa intenção e conceito.
Conceito! Alias, essa é a idéia chave pra tudo pra mim: ter o conceito correto. Essa é o caminho para não ir de cara com as falhas e a falencia da pessoa do do próprio Ser, não deixando ser corrompido pelo que vem de fora sem passar pela peneira da sapiencia que é a reflexão.
Dias afastado do vasto mundo a minhas minhas que é a internet me fez ver que não ser mais um Viciado em Noticias e Informações é bom porque tudo que chega a ser bitolado e ordenadamente compulsivo é ruim e problemático... Alias, mais que problemático, duentio e, de uma forma cega, unilateral.

"Amor fatal,
Brancas flores.
Flores do mal
Verdes cores.
Triste venda
Furiosa rotina
Grande sina.
Penosa vida(?)
Repentina!

Acaba-se
Começa-se
Um clarão
Um piscar de olhos
E tudo muda,
Tudo se torna vida
Vida se torna tudo.
Sim e não?

É só deixar,
É só amar.
Flores e vento,
Secas e suave.
Devagar, lento
Tudo se move.

Terminando o que deveria fazer, uma folha cai do galho que estava agarrada. Vai para o chão em sua última dança, a mais bela, está dança ela simplesmente fará sozinha. É a dança mais breve que uma folha pode fazer, mas é a mais plena de si! Ainda não completamente seca, nem completamente amarela, ela baila com sua beleza singular. Tão bela dança, nunca mais será repetida. Os ventos e as folhas, suas irmãs, ainda agarradas nos galhos parecem cantar o mais belo Réquiem já feito. Não é triste! Não é sombrio! É pleno de vida, é pleno de amor, pleno de compaixão.
Irmã, vá para onde todas nós vamos, complete seu ciclo, seja a mais bela de nós nesse momento! Irmã, nós te amamos, irmã! Irmã, nós te abençoamos, irmã!, ela cantam, elas falam.
A folha, ziguezagueando, sorri. A folha não se sente triste; é seu melhor momento em toda sua existência!
Irmãs! Louvo vocês pelo amor que tens! Louvo aos céus, ao sol e aos ventos! Sejam vós as mais belas das belas! Sejam vós a canção dos ventos e a sombra dos exaustos! Sejam vós o pouso dos amantes e a fortaleza dos belos frutos. Sejam vós as mais belas!
A canção é a mais bela. Nunca se repetirá, até outra folha se desprender para sua dança solitária e plena e outra canção ser cantada. A mais bela das belas, será está então...
...A mais bela das belas!"

...e um beijo pra você, Xuxa!