terça-feira, 30 de março de 2010

Fugere Nihil

Devidamente introspecto, excessivamente apático... Indolor ao sistema, dormente as coisas erradas. Essa é a pior coisa que eu poderia ter deixado acontecer-me. Poderia gritar: "Alguém me socorra desse niilismo com alguma cantiga boa ou menção de esperanças", mas quando olho com esses meus olhos tão mortais - e tão fadados em não serem mais que mortais - para o mundo fora de mim vejo frio e mentira... Só em alguns lugares ainda sinto conforto. Mas quando poderia tê-la a todo momento? Eu sinto e só sinto que o mundo me distancia das coisas boas como distancia uma rosa caída da margem do rio. Sempre sinto a vontade repentina, acompanhada de uma dorzinha, de receber aquela ligação com somente aquelas palavras. Não que eu já não as saiba, e que eu já não tenha as ouvido tantas e incontáveis vezes. Mas é a única coisa que me faz ter esperanças (mesmo que eu me sinta um covarde em tê-la, ou precisar tê-la) em algo maior que toda essa maldade, loucura, caos e niilismo.
Quero sonhos, sonhos que nunca sonhei, sonhos que nunca tive... Que talvez outrora seriam ridículos. Hoje, minhas esperanças de ser alguém melhor.

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