...e em 24hs terminei com dois. Romances, andei precisando ler algo que não seja filosofia: já perdi a conta de quantos meses me afastei da poética e da prosa. Tantas crises, tantos problemas insolúveis: para que tudo isso no final? Nem ouso explicar. Enquanto isso faço "trabalho de formiguinha" como uma amiga me diz. E farei mais, não posso me dar ao luxo da certeza e do encontro duma finalidade para minha vida: a meta principal, o alvo de meus desejos ou qualquer coisa parecida. Isso é demonstrar-se cego e demasiadamente insensível as coisas ao seu redor. Pomos nossa vontade, nosso desejo para simplesmente fazermos e alcançarmos algo que nos é, aparentemente, necessário: para mim, doces (e depois amargas) ilusões. Somos críticos nos momentos errados, práticos nos momentos errados. Nós, humanos modernos, humanos, demasiado humanos modernos, deixamos que os papéis se inverterem antes de analisarmos o que realmente é proveitoso.
Não sou contra uma possível inversão dos papéis, da abertura de novas ideias, de novas perspectivas e a quebra de dogmas, desde que seja feito com um "porque": nisso a necessidade sincera de existir razão para acontecer. Os sentidos entram como desculpa, sentimentos entram como desculpa. A razão nada pode fazer nesse terreno tão voluptuoso, concuspicente, a não ser reclamar, até gritar, no canto escuro da alma, enquanto a poética carnal do espírito humano toma seu lugar nos holofotes da vivência... Tão fácilmente corrompivel a vontade humana diante dos prazeres simplistas... Mas não simplistas para esses escravos hedonistas; para eles é o céu, o inferno e uma razão única para perder a vida nesse culto ao prazer.
Por isso os livros são meus amigos. Neles encontro de tudo e não me despejo de energias tão puras e necessárias para que minha vitalidade permaneça entre minha carne e espírito. Não me enveneno com as "pílulas da felicidade", os diversos "somas"(vide Admirável mundo novo, A.Huxley) que se encontram pelo mundo, sejam traduzidos ou não de essa metáfora: TV, músicas, livros(por que não, eles? São a fonte da verdade por algum acaso?), baladas, bares, etc., tudo tem sua representação de inferno...e de céu. A todo canto nos encontramos como leões de zoológico aprisionados em nossos falsos Habitats onde recebemos alimento e tratamento "básico"(quando recebemos) depois de um dia de "espetáculo"... O espetáculo para quem não entendeu ou não se fez entender é: trabalho, relações baseadas na teia do respeito e do hiper-respeito, status, etc.
Posso ser a "formiguinha" mas pretendo ser uma formiguinha que pica pernas que precisam ser picadas e que cria planos contra grandes gafanhotos...(Sim, referência ao singelo Vida de Inseto) Só preciso aprender a melhor forma para isso. Enquanto me são oferecidas Soma's para me distrair e para me colocar em dúvida da necessidade disso tudo. Só consigo proferir uma única frase, poética, épica, heróica(?): "Controle tudo que puder controlar, verme, deixe tudo passar como a porra de um vento. E se tiver de cair, caia com os revólveres fumegando."
Sempre me falta algo no que escrevo. Reviso, reescreve... e guardo para mim.
Não sou contra uma possível inversão dos papéis, da abertura de novas ideias, de novas perspectivas e a quebra de dogmas, desde que seja feito com um "porque": nisso a necessidade sincera de existir razão para acontecer. Os sentidos entram como desculpa, sentimentos entram como desculpa. A razão nada pode fazer nesse terreno tão voluptuoso, concuspicente, a não ser reclamar, até gritar, no canto escuro da alma, enquanto a poética carnal do espírito humano toma seu lugar nos holofotes da vivência... Tão fácilmente corrompivel a vontade humana diante dos prazeres simplistas... Mas não simplistas para esses escravos hedonistas; para eles é o céu, o inferno e uma razão única para perder a vida nesse culto ao prazer.
Por isso os livros são meus amigos. Neles encontro de tudo e não me despejo de energias tão puras e necessárias para que minha vitalidade permaneça entre minha carne e espírito. Não me enveneno com as "pílulas da felicidade", os diversos "somas"(vide Admirável mundo novo, A.Huxley) que se encontram pelo mundo, sejam traduzidos ou não de essa metáfora: TV, músicas, livros(por que não, eles? São a fonte da verdade por algum acaso?), baladas, bares, etc., tudo tem sua representação de inferno...e de céu. A todo canto nos encontramos como leões de zoológico aprisionados em nossos falsos Habitats onde recebemos alimento e tratamento "básico"(quando recebemos) depois de um dia de "espetáculo"... O espetáculo para quem não entendeu ou não se fez entender é: trabalho, relações baseadas na teia do respeito e do hiper-respeito, status, etc.
Posso ser a "formiguinha" mas pretendo ser uma formiguinha que pica pernas que precisam ser picadas e que cria planos contra grandes gafanhotos...(Sim, referência ao singelo Vida de Inseto) Só preciso aprender a melhor forma para isso. Enquanto me são oferecidas Soma's para me distrair e para me colocar em dúvida da necessidade disso tudo. Só consigo proferir uma única frase, poética, épica, heróica(?): "Controle tudo que puder controlar, verme, deixe tudo passar como a porra de um vento. E se tiver de cair, caia com os revólveres fumegando."
Sempre me falta algo no que escrevo. Reviso, reescreve... e guardo para mim.
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