Não é nenhum texto existencialista e pessimista esse, pelo contrário eu gostaria de fazer um ode a vida, mas não sei se terei criatividade, capacidade e poder para isso:
Quando nos encontramos diante de perguntas sem respostas temos duas grandes principais escolhas: a fuga ou encarar o desconhecido. Será uma escolha, e teremos muitas dessas grandes escolhas, pela vida toda. Abdicar de buscar A Verdade, o Uno, Deus, ou qualquer outro símbolo transcendental e supremo, pelo simples fato de não termos certeza, somos desencorajados pelo passado que demonstra pessoas que dizem nunca terem encontrado, e vários outros factores; mas ai está um grande ponto chave: estamos cientes de que a possibilidade de não existir nada disso é grande, então nos fechamos dentro de nós mesmos e só nos abrimos para as certezas e para as coisas comprovadas. Mas o que pode nos ligar fortemente a uma forma de querer ter vontade de acordar no dia seguinte, de querer continuar a viver, é o simples fato de nós sermos imperfeitos. O que podia antes machucar nesse ponto, caso aja sapiência, uma certa coragem e consciência, você consegue perceber o quão tedioso é a perfeição. A perfeição é um invólucro fechado em si, as pessoas tem dificuldade em amar a Deus, por isso elas aproximam Deus ao homem: Jesus é a imagem da imperfeição, da forma humana necessária para termos real e sincero amor por Deus. Ver Jesus na cruz nos desperta o amor.
Então o fato principal é não se importar pelo caso gerado: se existiu ou não, se andou pela agua e se fez milagres ou não. Precisamos de signos para expressar nossas vontades e interagir com o mundo. Contamos histórias, criamos mitos, escrevemos romances para tentar entrar em sintonia e acordo com o mundo. Pode parecer, numa certa visão extremada, um desespero. Mas desespero não seria a fuga? Não seria o medo do que encontrar pela frente? Então por que julgar a tentativa de explicar o inexplicável e se aproximar da perfeição sendo imperfeito, falho e cheio de defeitos? Vê como o formato disso só demonstra coragem e não inocência?
A filosofia é um exemplo disso, fora uma continuidade da fé e do mito pelo uso da razão, então achou-se necessário abandonar a fé e o mito pela razão. E até hoje não chegamos a nenhum ponto chave: nem pela fé, nem pela razão. Então por que glorificar qualquer uma delas? Por que exercitar uma e deixar atrofiar a outra?
Todas essas coisas são só a demonstração de algo maior: a busca pela vida. Não digo um buscar pela razão da vida, isso é uma das perguntas sem resposta; digo uma busca pela experiência de estarmos vivos, onde nossas experiências de vida no plano físico ajam em ressonância no interior de nosso ser e de nossas realidades mais intimas, de modo a conseguirmos sentir o verdadeiro êxtase de estarmos vivos.
Mas... nosso destino, existe? Qual é? Para mim, é claro que existe um destino, e é um destino consonante entre todos nós: a morte. Quando alguém parar de morrer, então o destino pode deixar de acontecer, pelo menos em consonância. Mas ficar nessas conversas de sexo de anjos, se destino existe ou não é uma bobagem quando percebemos algo que realmente sabemos estar destinados. Não pensamos muito por ser uma das perguntas sem respostas: será o fim de nossa existência? Será um novo começo? Será que transcenderemos... ou acertaremos as contas do que fizemos em vida? Enfim... A morte, sendo o mais óbvio e acontecimento mais presente em nossas vidas, é a coisa que mais afasta discussões. Estar ciente do nosso destino é estar em paz e pleno em si mesmo... dizem por ai. Logo, estar ciente e em paz com a possibilidade, ou melhor, o fato que iremos morrer um dia é perceber a felicidade de estarmos vivos agora para nos ligarmos as coisas do mundo. Muitos dizem que estão realmente ligados a morte, que ela é uma coisa boa para eles e que eles estão em paz com tudo isso. Se fosse realmente verdade toda essa baboseira que eu ouço, não verei todas essas muitas pessoas sofrendo e se auto destruindo... como eu muito fiz, e as vezes, ainda muito o faço.
Não é bem amar a morte, mas deixar ela na consciência, e se for um amor, que seja platónico e distante: quero muito viver ainda.
[desculpem, nunca consigo terminar decentemente um texto, procurarei continua-lo. abraços-beijos]
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noossaaaaa, Gi!!!!!
ResponderExcluirNossa, nossa!!!
Esse aê é vc...
Nossa, eu concordo com muitas coisas que vc disse neste texto...
Fantastico, meeesmooo!!!
rsrsrsrsrsrsrs
bjokasss
existêncialista ao extremo.
ResponderExcluirSem menos, mas é tipo assim:
Como se responder as perguntas exigisse de nós coragem,e acho que o grande problema do mundo e dos homens é essa falta de coragem.
Falta de coragem de assumir os erros, de dizer a verdade de tomar uma decisão. Falta de coragem de arriscar um beijo, de fazer desejos ou até mesmo de dizer não as drogas. Uma falta incrivel de coragem acaba nos tornando exteriormente fortes, e interiormente fracos. Pois se o verdadeiramente corajoso é corajoso então é porque usa de falsas condições para acreditar que o que ele realmente vive é o que ele realmente sente.
Viver é sentir e talvez até guardar concigo boas memórias e lindos aprendizados. Talves seja isso a unica coisa que o capitalismo ainda não consiguiu comprar do homem, o coração, pois todos os seus sonhos, desejos e planos foram vendidos como discos em uma feira de abril.
Se até mesmo o tmepo de hoje nos exige coragem para seguir viagem, com Deus ou sem ele, e não possuimos desta virtude douradora; acho melhor voltar no passado e recolher além de uma uma cesta inteira daquela fruta da arvore do bem e do mal....