O meu discursar é sincero, penoso e cheio de detalhes. Tento ser claro, conciso nas idéias, mas quão (im)precisas elas são? Não vejo mais a possibilidade de que haja alguma verdade que não seja, ao menos para mim e só para mim, verdade (mesmo nestes meus discursos); falo porque penso e preciso falar, como atitude crítica, como atitude humana e falo para discordarem, para rebaterem, refutarem. Mas isso não mudará nada, meu ser empírico é o que mais me corresponde e mais me faz crescer. Os discursos nada mais são do que uma tentativa de universalizar o que sentimos e não nos sentirmos tão sozinhos em nossas idéias - e isso já basta.
Mas não quero mudar ninguém com meu discurso. Aliás, no fundo meu sentimento é causar algum impacto, o menor que seja, em quem me ouve. Mas não quero mudar ninguém. Vi isto quando comecei a causar certas coisas... Simplesmente me veio um pensamento: que porra estou fazendo? Será que estou fazendo uma coisa certa? Não deveria ter ficado quieto em minha tranquilidade e tolerância? Aonde levei o assunto, que rumo fiz este tomar? Mereço eu tal responsabilidade?
Se sou indagador, insatisfeito e sempre um homem trágico - na tragédia da multiplicidade e não do drama, na tragédia do paradoxo e do ser transmutador - porque devo eu falar? Por que meu discurso com o tempo ganha valor para alguns ouvidos, para algumas pessoas, mas perde o valor para mim..? Por quê? Não sinto merecedor disso. Só sinto que mereço perecer, viver e deixar viver!
Me perdoem, por favor! Não quero causar mais nada. E desejo mais e mais a quietude... De minha boca e de meu espírito. Mas, nem um nem outro se calam! Eles são insatisfeitos e irão sempre querer mais.
Logo, só posso pedir desculpas: por ontem, por hoje e pelo amanhã!
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Vejo que de algum modo você está cada vez mais exato com as suas palavras. Agora sim vi um homem de verdade! Não aquela baboseira toda de sentimentalismo e o... Não!
ResponderExcluirTu sabes o quanto admiro tuas idéias e o teu ser em si. Você é uma grande pessoa que – sem puxar o saco – em tão pouco tempo foi ganhando espaço na minha história e não tem um passeio que não deixo de criticar e ver as coisas por um ponto de vista mais critico. Que é exatamente o que você deseja “causar”, esse impacto que você disse nada mais é que o objetivo central de toda a busca o questionar. Acho que a vida é isso, e não só isso...
Ontem tive uma das minhas melhores conversas do ano com assuntos muitos bons e com algo que realmente (tanto da sua parte quanto da minha) envolve o sentimentalismo. Me causou imensa vibração de força e poder que logo depois chegamos a comentar sobre isso.
Digo tudo isso meu caro, pois você é isso. E não só você, mas como também de minha parte de buscar e fazer a coisa valer a pena. Para mim foi muito gratificante ter tido aquela conversa contigo ontem à noite e ver o quanto (não de uma forma evolutiva) você esta crescendo como homem. A vida é dura mas FODA – SE!
Não que eu aprendi isso contigo, mas tu foi uma peça fundamental em quase tudo que venho pensando a partir de então. Um fenômeno, uma causa, um objetivo... Não sei! O que sei é que o seu papel de critico – pois no discurso você coloca exatamente isso – é fundamental não só na minha vida, mas na vida de muitas outras pessoas.
Eu torço mesmo para que você lance esse “livro” que tanto fala para poder logo ler aquilo que por algum tempo vem me dizendo. E insisto que continue a sempre crescer e que se o seu papel – se é isso que achas - for realmente esse vá e lute. Busque, conquiste.
Essa sua atitude de transformar em dialogo um discurso é fascinante. O fato de você insistir em não querer nada em troca já é algo muito belo e ao mesmo tempo lindo.
Eu fico com lágrimas nos olhos ao ler este teu discurso pois é a coisa mais integra e sincera que já li vinda de algum amigo meu – te considero amigo a cima de tudo.
Parabéns Gio, pelo grande trabalho que você está apenas começando. Sem menos e me desculpe qualquer coisa que foi digitada ou mal interpretada...
Não quer mudar ninguém, mas consegue o fazer.
ResponderExcluirGiovanni, saudade!