domingo, 23 de agosto de 2009

Permaneço, recolhendo os cacos
Fragmentos; fragmentado estou
Quero unir-me aos pedaços
Dos cacos que fui, dos cacos que sou

Não me sinto triste por isso
Fragmentado fui, mas disso fujo
Não quero o mesmo de sempre:
Grandes espíritos sujos, incoerentes
perdido, isso mata, escondido
Nas sombras quietas e imperfeitas
Sinto-me no invisível, preso em correntes.

Da realidade que como miragem, some
Da mentira que como loucura, acontece
Da vida que como morte, desaparece
Do Desejo que como impossível, me consome.

Ponho palavras porque elas são confusas
Nesse jogo de brincar com a vida
Sou perdedor e ganhador da Alfa e Ómega
E até a nona casa dos signos zodiacais
Vou e fico, mudo e sou.

O que sou? O que? Por quê?
Dói dizer a verdade, como dói a mentira...
Mentira que não cala, mentira que fica
Sinceramente, qualquer infortúnio
Mental, físico, espiritual nos tira do eixo
transforma em augúrios que me permeiam.

Não sei mais, palavras são só palavras,
Uso elas porque não tenho mais nada para usar
Posso dizer muito mais coisas, mas vazias serão....
Vazias ficarão; para sempre.



[num gostei disso que escrevi. escrevi antes de ontem(24/08) e não gostei hoje(26/08) nenhum pouco. mas já que postei tá ai.]

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