A moda hoje que traspassa os corredores da cultura de margem são os escritos pessimistas, escatológico, com uma lógica capenga e sem pretenção nenhuma de convencimento... Será? Enfim, não estou aqui para julgar. Aliás, estou no meio. Só não tenho fama, nem dinheiro. Só algumas palavras ocas, com sentidos ora abstratos ora muito realistas, enfim. O paradoxo...
Quê paradoxo?
Vejo os escritos Bukowski e não sei o que aconteceria se, em vida, ele tivesse se apaixonado, começado a crer no amor. Ou se Cioran tivesse pulado do pessimismo cínico para um otimismo dogmático... hahaha, Isso sim seria paradoxo. Ou também Juan Gutiérrez tornar-se militante e engajado no socialismo com fé que todas as merdas que passou foram por algum sentido. (?) Um Palahniuk "correto", vestido numa moral repúblicana e cristã! Enfim, posso citar mais algumas levas de personagens reais subversivos, "agraciados" de um jeito só deles: uma forma atrativamente repugnante para alguns, sincera para outros... Todos - uns mais, outros menos - gerando explosões de milhares de versões de críticas a cada livro publicado, a cada conto saido nos jornais diários, a cada poema lido.
Todos eles: dogmáticos com suas próprias (des)crenças nas coisas?
Mas vou-me fazer de advogado do diabo: o paradoxo deles está (também) ai. No (talvez) dogmatismo de suas idéias anti-tudo. Quase todos não ligam(ligavam) para nada... Por que diabos eu vou ligar, então?
O descompromisso é a alma do negócio e a moda do momento (quando falamos de tentar vender palavras)...
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