Nas relações humanas o mais difícil de tudo é conceituar quem é isso ou aquilo, qual ato é péssimo ou não, virtuoso ou não... O que fazer em relação as coisas absurdas. Enfim, o ser humano é absurdo e caótico. Ser racional nessa macro-esfera que é a sociedade é pedir para cada vez adentar, em fuga, em qualquer nicho vazio e solitário. Ser racional é ser visto com olhares que contemplam o absurdo. Então, como fuga, ajo de algumas maneiras caóticas, irracionais; faço disso uma camuflagem, uma fantasia que visto todos os dias: de humano, caótico. Lanço julgamentos clássicos e análises batidas só para ver a reação. Olho para as pessoas e constato sempre poucas e mesmas coisas: tudo é de um jeito tão simples que se torna complicado, tudo e todos fazendo parte de um teatro criado, de uma tendência movida para um status quase inegável de não ser perseguido.
Mas no final, perdidos em vielas sujas e mal-cheirosas, em apartamentos minúsculos e com persianas escuras, em templos budistas e retiros espirituais, em manicômios e casas de repouso, vejo pessoas que estão sendo expelidas por essa sociedade que criou anti-corpos contra aqueles que vão contra as regras. Não ponho aqui os "ideologistas" que carregam bandeiras vestindo-se e ouvindo músicas "de protesto" e que acham que isso nega a sociedade, ou aqueles catedráticos em torres de marfim que, através de sistemas lógicos e/ou análiticos, criam soluções para o mundo, e dentre tantas outras figuras, esses são os que afirmam a sociedade como ela é em todo o caos e desordem e manipulação e condicionamento. Enfim!
Negar é o silêncio, quase que afasia por não digerir mais nada, e não ver mais sentido nas palavras, nos discursos, nos diálogos. Essas minhas palavras? São só o paradoxo afirmando tudo isso, tudo um quinhão que pertence, parcialmente, a todos que vivem inseridos no inexplicável. Queria eu ter a coragem desta "margem" - como dizem - e não ter mais vínculos desnecessários alguns, dedicando-me ao simples neo-ostracismo: já que não podemos aplicar aos nossos políticos o ostracismo dos gregos antigos, apliquemos sobre nós, então, o auto-ostracismo: em benefício a mim mesmo decidamos nos excluir. HAHAHA.
O Silêncio: arte mais nobre tão negada e marginalizada, a arte das artes em toda sua pureza.
Mas no final, perdidos em vielas sujas e mal-cheirosas, em apartamentos minúsculos e com persianas escuras, em templos budistas e retiros espirituais, em manicômios e casas de repouso, vejo pessoas que estão sendo expelidas por essa sociedade que criou anti-corpos contra aqueles que vão contra as regras. Não ponho aqui os "ideologistas" que carregam bandeiras vestindo-se e ouvindo músicas "de protesto" e que acham que isso nega a sociedade, ou aqueles catedráticos em torres de marfim que, através de sistemas lógicos e/ou análiticos, criam soluções para o mundo, e dentre tantas outras figuras, esses são os que afirmam a sociedade como ela é em todo o caos e desordem e manipulação e condicionamento. Enfim!
Negar é o silêncio, quase que afasia por não digerir mais nada, e não ver mais sentido nas palavras, nos discursos, nos diálogos. Essas minhas palavras? São só o paradoxo afirmando tudo isso, tudo um quinhão que pertence, parcialmente, a todos que vivem inseridos no inexplicável. Queria eu ter a coragem desta "margem" - como dizem - e não ter mais vínculos desnecessários alguns, dedicando-me ao simples neo-ostracismo: já que não podemos aplicar aos nossos políticos o ostracismo dos gregos antigos, apliquemos sobre nós, então, o auto-ostracismo: em benefício a mim mesmo decidamos nos excluir. HAHAHA.
O Silêncio: arte mais nobre tão negada e marginalizada, a arte das artes em toda sua pureza.
Sobre o texto Ostracismo e Vacuidade...
ResponderExcluirMais que necessário, é importante se isolar da vida por uns dez anos. Porém, temos responsabilidades aqui fora, temos a nossa vida, e a vida de muita gente, pois o ser humano é uma criatura sociável. Aquilo que se determina muitas vezes é alcançável; sabes disto. No entanto vejo que está é a melhor oportunidade de se olhar, ver o que acontece no microcosmo e perceber como será reagir sobre determinada trama daqui uns dez anos.
Por muitas vezes lutei contra a sociedade, porém nunca tinha em mente a consciência de que a sociedade é um conjunto de um monte de coisas, e que muitas pessoas fazem parte dessa sociedade, essa sociedade só existe quando existe ser humano. Participativo, não é necessário ser mais um babaca que acredita em ideologias e sai pregando por ai. Sabe que isso também não funciona. Ninguém melhor do que ninguém para conhecer a ti mesmo. Mas será que só se conhecer, se isolar para tentar se entender resolverá o problema que está lá fora?
O que era o bárbaro para o Império Romano? Aquele que estava fora dos limites de Roma, e aquele que não tinha cultura e etc... Foi esse mesmo ser sem cultura que mais tarde invadiu Roma acabando com toda aquele império, dando origem no que conhecemos hoje. Será que a importância pelo o que acontecia lá fora alteraria o cursor da história de Roma? Não seria o mesmo com os nossos bárbaros?
Eu não me importo muito com o mundo lá fora. Isso é visível em qualquer texto meu, alias, em qualquer atitude minha. Demorou muito para eu entender que esse estado de impaciência com o outro fazia parte dessa evolução. Posso parecer ser muito paciente, no entanto não sou. Não sou, e sei muito bem disso, no entanto quero deixar bem claro que isso faz parte do momento, faz parte desta fase. Tenho motivos para estar assim, alias tenho motivos para estar escrevendo... No entanto sei bem onde posso ir e conseguir, isso é determinação. Você, eu estou do seu lado, e praticamente tive muitas chances de me perder, mas sabe, quanto mais você se fortalece, você se fortalece. E isso muito bom para a nossa moral, para o nosso valor, par ao nosso eu. Eu me importo com os que outros dizem, sempre tentou ouvir qualquer opinião de qualquer pessoa, mas antes de tudo, para se dizer alguma cosia você terá que ser essa coisa. Lembro-me do tempo em que você me articulou a tentar ser assim. Hoje, se tenho todo esse tempo de saúde saudável, consciência sã é porque teve palavras suas que me ajudaram a ser assim.
Se afastar de tudo é o melhor caminho e eu recomendo, por experimentar esse mesmo caminho. No entanto se destruir é muito fácil, e poucos são os que tentam sair da desilusão dos sonhos e das utopias. É sempre mais fácil usar uma droga, beber qualquer coisa ou sair por ai fumando a elegância de qualquer porcaria. No entanto é muito difícil você se isolar, encarar de frente quem você é e perceber que isso é um desafio, e que todos iram cruzar os braços para você. Ouvi certa frase numa palestra essa semana que dizia, para conhecer sua namorada case-se com ela, e para conhecer sua esposa divorcie-se dela. O mesmo digo que para conhecer o ser humano basta dar poder a ele. O que eu te proponho é conhecer o seu verdadeiro poder nessa solidão, nesse afastamento nessa nova rotina que queres levar. O caminho está dentro da gente, e um bom ser humano é aquele que respeita, seja como for, o outro ser humano. Sei que pode ser difícil entender, basta ter determinação, vontade e força.
Se for preciso matar mil homens para alcançar uma determinada coisa, não pense duas vezes, é seu corpo, sua saúde, seu dinheiro seu valor e suas idéias que estão em jogo, os outros só querem saber de zorra palhaçada e carnaval, você tem que saber quem você é para querer fazer o que deve fazer, e isso só você sabe.
Abraços