quinta-feira, 20 de maio de 2010

Os bons e velhos discursos...

Nós erramos. Nós nos perdemos nos erros, muitos erros, muita confusão... mas, afinal, buscamos nossa consciência. Nós erramos, sim, todos erram. Nós erramos mais em continuar a falar dos erros, a tratá-los como crises profundas e sem soluções. Crises que estariam mergulhando em abismos de problemas, de falta de rumo. Direto ao nada.
Eis que buscamos a consciência, enfrentar tudo isso. Tentar se esvaziar de tudo isso, por uma pedra em cima. Logo, esse caminho de ignorância(de ignorar) mostrou-se falho, mostrou-se incompleto. Erramos novamente? Enfim, a dor, a falta de esperança... Puxa, quanta coisa que nem da pra qualificar. Pareceu-nos um montante de coisas impossíveis de solucionar. Eis que um ato virtuoso, um ato bom: demos nossas caras a tapa. Abrimos os braços, deixamos o peito firme, talvez gritamos, talvez rimos, chamamos atenção para que todos os socos, flechas, pultapés, todas as blasfêmias viessem até nós.
E esse vazio... Essas dores... Essas incongruencias... Tudo isso tão forte e tão presente, tornou-se nosso repertório de dor e tristeza... Ou nem isso, de vacuidade... do vácuo.
As porradas inevitáveis vieram, como todas de uma vez ou em camera lenta ou por todos os lados. Como era esperado (ou não) sangramos mais, nos machucamos mais do que era possível... Talvez nesse instante, tudo estaria solucionado: com nós acabamos.
Mas a consciência, essa(s) vozinha(s) insistentes e salvadoras, falaram calmamente: "Isso não é você!", "Você não pode ser tão fraco assim", "Deixe tudo isso de lado, levante-se e enfrente!"... Uma porção de clareza, uma porção de alivio, uma porção de vontade de querer voltar a respirar, TER QUE VIVER. Tudo volta ao que era antes? Talvez não, mas devemos fazer as coisas tornarem-se melhor.
Enfim, agora vejo: Os bons e velhos discursos que insistem em se repetir não são para os que estão sofrendo, estão no fundo do poço ou que não aguentam mais a tudo, esses discursos são para os que estão assim e querem enfrentar a tudo isso... DE VERDADE!
... Que eu tenha forças para caminhar sempre com essa vontade.

(Os aprendizados? Cada um sempre tira o seu. Cada um tem que buscar o seu... Afinal, a vida sempre me pareceu uma coisa cheio de lições, mas pouca insistência para aqueles que não querem aprender...)

2 comentários:

  1. Posso dizer que as minhas lições de casa eu só estou fazendo agora. Parece que agora abri os olhos e enxerguei esse apanhado de lições que a vida nos ensina. E o mais estranho que somos nós que escolhemos estar disposto a aprender ou não, e quanto mais você demora para passar de certa fase, mais tempo e prejuízo você causa.
    Eu sei que erro, mas a maioria das pessoas leva o erro como fobia, como desespero, como um suicídio. E não é bem assim. Quando repeti de ano pela primeira vez, confesso que fiquei sem o chão. Saiu de mim todo aquele personagem que eu carregava, menininho vestido de preto e cabelos compridos... Esse desapareceu. Quando repeti pela segunda vez vi que eu precisava me aplicar mais aos estudos e que realmente aquilo era difícil. Porém quando repeti a terceira vez já não sentia mais dor. Eu era o mais velho da sala e pouco me importava o que aconteceria ali pra frente, a única coisa que eu queria mesmo era sai dali. E foi assim com essa história de repetições que eu convivi com o erro. Se eu aprendi? Bom como comecei o texto eu disse que só agora eu comecei a fazer minhas lições de casa.

    ResponderExcluir
  2. Bom texto! A vida é muito complexa e por mais q tentemos não consiguiremos desvendá-la. Bjim

    Da uma olhadinha no meu tbm,please.

    ResponderExcluir

diga seu comentário, tresvario, discurso, opinião ou reclamação que for.